segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Eneagrama tipo 5 – O Analítico

satre
"Por mim, creio que estamos mortos há muito tempo: morremos no exato momento em que deixamos de ser úteis."
Jean-Paul Sartre, tipo 5
O Analítico

O tipo intenso, cerebral: perceptivo, inovador, misterioso e isolado.



Resumo do tipo cinco:

Tipos cinco são alertas, perspicazes e curiosos. Eles são capazes de se concentrar e focar no desenvolvimento de ideias e habilidades complexas. 

Independentes, inovadores e inventivos, eles podem também se preocupar com seus pensamentos e construções imaginárias. Tornam-se desconectados do mundo, embora altamente excitáveis e intensos. Eles normalmente têm problemas de excentricidade, niilismo e isolamento.

No seu melhor estado: visionários pioneiros, frequentemente à frente do seu tempo, capazes de ver o mundo de uma maneira inteiramente nova.

Medo básico: Ser inútil, indefeso ou incapaz.

Desejo básico: Ser capaz e competente.

Eneagrama cinco com asa quatro: “O Iconoclasta”.

Eneagrama cinco com asa seis: “O Solucionador de Problemas”.

Motivações principais: Quer possuir conhecimento, entender o meio, saber de tudo como uma maneira de se defender das ameaças do meio.



O significado das setas (em resumo):

Quando se movem em direção à desintegração (estresse), cincos repentinamente tornam-se hiperativos e dispersos, como setes pouco saudáveis. No entanto, quando se deslocam em direção à integração (crescimento), cincos desconectados e avarentos tornam-se autoconfiantes e decididos, como oitos saudáveis.

Exemplos: Siddartha Gautama Buddha, Albert Einstein, Oliver Sacks, John Nash (A Beautiful Mind), Stephen Hawking, Vincent van Gogh, Edvard Munch, Georgia O’Keefe, Salvador Dali, Alberto Giacometti, Emily Dickinson, Friedrich Nietzsche, Agatha Christie, James Joyce, Jean-Paul Sartre, Susan Sontag, Stephen King, Ursula K. LeGuin, Clive Barker, Bill Gates, Mark Zuckerberg, Jane Goodall, A.H. Almaas, Eckhart Tolle, Meredith Monk, Glenn Gould, John Cage, Kurt Cobain, David Byrne, Peter Gabriel, Laurie Anderson, Jane Siberry, Trent Reznor, Tom York (Radio Head), Alfred Hitchcock, Marlene Dietrich, Stanley Kubrick, David Cronenberg, Werner Herzog, Tim Burton, David Lynch, David Fincher, Jodie Foster, “The Far Side” Gary Larson, Annie Liebovitz, Bobby Fischer, “Wikileaks” Julian Assange, Aaaron Swartz, “Fox Mulder” (X Files), Dr. Gregory “House”.



Visão geral do tipo cinco:

Nomeamos a personalidade do tipo cinco de “O Investigador” porque, mais do que qualquer outro tipo, cincos querem descobrir por que as coisas são da maneira que são. Eles querem entender como o mundo funciona, seja ele o cosmos, o mundo microscópico, o reino animal, vegetal ou mineral – ou o mundo interno de suas imaginações. Eles estão sempre procurando, fazendo perguntas, mergulhando profundamente em assuntos específicos. Eles não aceitam de pronto opiniões e doutrinas; sentem uma forte necessidade de testar a maioria das premissas por eles mesmos.
John, um artista gráfico, descreve essa abordagem de vida:
"Ser um cinco significa sempre precisar estar aprendendo, absorvendo informações sobre o mundo. Um dia sem aprendizado é como um dia sem “sol”. Como um cinco, eu quero entender a vida. Eu gosto de ter uma explicação teórica sobre por que as coisas acontecem como tais. Esse entendimento faz com que eu me sinta na liderança, no controle. Eu muitas vezes aprendendo tomando distância, como um observador, não como participante. Às vezes, parece que entender a vida é tão bom quanto vivê-la. É uma jornada difícil aprender que a vida deve ser vivida e não apenas estudada."
Por trás da perseguição inquietante de conhecimento dos tipos cinco, moram inseguranças sobre a sua habilidade de funcionar bem no mundo. Cincos sentem que eles não têm habilidade de fazer as coisas tão bem quanto os outros. Mas em vez de engajar-se diretamente nas atividades podem aumentar a confiança deles, cincos “dão um passo para trás”, para suas mentes, onde eles se sentem mais capazes. Eles acreditam que na segurança de suas mentes eles irão eventualmente descobrir como fazer as coisas – e um dia poderão voltar ao mundo.

Cincos passam muito tempo observando e contemplando – escutando os sons do vento ou de um sintetizador, ou tomando nota sobre as atividades de um formigueiro nos seus quintais. Enquanto imergem em suas observações, eles começam a internalizar seu conhecimento e desenvolver um sentimento de autoconfiança. Eles podem, então, sair e tocar alguma coisa no sintetizador ou dizer às pessoas o que sabem sobre formigas. Eles podem também encontrar novas informações interessantes ou fazer novas combinações criativas (tocar uma música baseada nas gravações do vento e da água). Quando eles conseguem certificar-se de suas observações e hipóteses, ou ver que outros entendem seu trabalho, isso é uma confirmação da sua competência, e assim realizam seu desejo básico. (“Você sabe do que está falando.”)

Conhecimento, entendimento e inovação são, portanto, muito valorizados por cincos, porque suas identidades são construídas sob “ter ideias” e ser alguém que tem algo diferente e inovador a dizer. Por esse motivo, cincos não estão interessados em explorar o que já é familiar e bem estabelecido; sua atenção é capturada por aquilo que é diferente, esquecido, secreto, oculto, bizarro, fantástico, “inimaginável”. Investigar “território desconhecido” – saber algo que os outros não sabem, ou criar algo que ninguém viveu – permite aos cincos possuir um nicho para si que ninguém mais ocupa. Eles acreditam que desenvolver esse nicho é a melhor maneira de se conseguir independência e confiança.

Assim, para sua própria segurança e autoestima, cincos precisam ter pelo menos uma área em que eles possuam um grau de conhecimento que os permitam sentirem-se capazes e conectados com o mundo. Cincos pensam, “Eu vou achar algo que eu possa fazer muito bem e daí eu serei capaz de enfrentar os desafios da vida. Mas eu não posso ter outras coisas que me distraiam entrando no meu caminho.” Eles, dessa forma, desenvolvem um foco intenso no que quer que eles possam dominar e sentirem-se seguros sobre. Pode ser o mundo da matemática, ou o mundo do rock, ou da música clássica, ou da mecânica de carros, ou da ficção científica e horror, ou um mundo criado inteiramente em suas imaginações. Nem todos os cincos são PhDs ou estudiosos acadêmicos. Mas, dependendo da sua inteligência e das fontes disponíveis a eles, eles se focam intensamente em dominar o que tenha capturado seus interesses.

Para o bem ou para o mal, as áreas que os cincos exploram não dependem de validação social; na verdade, se outros concordarem com suas ideias muito facilmente, cincos tendem a recear que elas devam ser muito convencionais. A história é cheia de cincos famosos que ultrapassaram maneiras aceitas de se entender ou fazer coisas (Darwin, Einstein, Nietzsche). No entanto, muito mais cincos perderam-se nas complexidades bizantinas de seus próprios processos mentais, tornando-se meramente excêntricos e socialmente isolados.

O foco intenso dos cincos pode levá-los a descobertas e inovações notáveis, mas quando a personalidade é fixa, isso pode também criar problemas para eles mesmos. Isso acontece porque o foco demasiado de uma determinada coisa serve para – de maneira pouco inteligente – distraí-los dos seus problemas práticos mais urgentes. Qualquer que seja a fonte de sua ansiedade – relacionamentos, falta de força física, inabilidade de conseguir um emprego, assim por diante – cincos medianos tendem a não lidar com esses problemas. 

Em vez disso, eles acham outra coisa que fará com que se sintam mais competentes. A ironia é que não importa o grau de proficiência que eles desenvolvam em sua área de especialização, isso não pode resolver suas inseguranças básicas sobre como funcionar no mundo. Por exemplo, como bióloga marinha, uma cinco poderia aprender tudo o que se há para saber sobre um tipo de molusco, mas se o seu medo for o de ela nunca conseguir ser capaz de administrar sua própria casa adequadamente, ela nunca irá resolver sua ansiedade subjacente.

Lidar diretamente com problemas físicos pode ser extremamente assustador para cincos. Henry é um cientista de Ciências da Vida que trabalha em um laboratório de pesquisa médica:
"Desde que era criança, fugi de esportes e atividades físicas extenuantes tanto quanto possível. Eu nunca fui capaz de escalar cordas nas aulas de educação física, parei de praticar esportes assim que possível e o cheio de ginásio ainda me deixa desconfortável. Ao mesmo tempo, eu sempre tive uma vida mental bem ativa. Eu aprendi a ler com três anos, e na escola eu sempre fui uma das crianças mais inteligentes em assuntos acadêmicos."
Portanto, muito do tempo deles é gasto “coletando” e desenvolvendo ideias e habilidades que acreditam que farão com que se sintam confiantes e preparados. Eles querem reter tudo o que aprenderam e “carregar isso por aí em suas cabeças”. O problema é que enquanto eles estão entretidos nesse processo, eles não estão interagindo com os outros nem aumentando muitas outras habilidades práticas e sociais. Eles devotam mais e mais tempo coletando e prestando atenção às suas coleções e menos a qualquer coisa relacionada às suas necessidades reais.

Assim, o desafio dos cincos é entender o que eles podem perseguir quaisquer questões ou problemas que animam suas imaginações e manter relacionamentos, tomar conta apropriadamente de si mesmos e fazer todas as coisas que caracterizam uma vida saudável.



Os níveis do tipo cinco:

Níveis saudáveis

Nível um (no seu melhor estado): Tornam-se visionários, compreendendo largamente o mundo enquanto o penetram de maneira profunda. Mente aberta, eles veem as coisas por inteiro, no seu contexto verdadeiro. Fazem descobertas pioneiras e acham maneiras inteiramente novas de fazer e perceber as coisas.
Nível dois: Observam tudo com percepção e insight extraordinários. Inteligência ativa, mentalmente alerta, curiosa: nada escapa da sua percepção. Capazes de previsão, visão de longo alcance. Capazes de se concentrar: ficam entretidos com o que captura sua atenção.
Nível três: Conseguem domínio no que quer que os interesse. Animados pelo conhecimento: frequentemente tornam-se experts em alguma área. Inovadores e inventivos, produzindo trabalhos extremamente valiosos e originais. Altamente independentes, idiossincráticos e excêntricos.



Níveis medianos

Nível quatro: Começam a conceitualizar e “calibrar” tudo antes de agir – trabalham as coisas nas suas mentes: construindo modelos, preparando, praticando e reunindo mais recursos. Estudiosos, adquirem técnica. Tornam-se especializados, e com frequência “intelectuais”, também frequentemente desafiando as maneiras aceitas de se fazer as coisas.
Nível cinco: Cada vez mais “desconectados”, envolvem-se em ideias complicadas ou mundos imaginários. Ficam preocupados com suas visões e interpretações em vez de com a realidade. Tornam-se fascinados por assuntos esotéricos, até mesmo aqueles envolvendo elementos obscuros e perturbadores. Desconectados do mundo prático, uma “mente sem corpo”, embora altamente excitáveis e intensos.
Nível seis: Começam a tomar posturas antagonistas contra qualquer coisa que interfira seu mundo interno e visão pessoal. Tornam-se provocativos e abrasivos, com visões intencionalmente extremas e radicais. Cínicos e argumentativos.



Níveis não saudáveis

Nível sete: Tornam-se reclusos e isolados da realidade, excêntricos e niilistas. Altamente instáveis e com medo te agressões: eles rejeitam e recusam outros e todo tipo de conexão social.
Nível oito: Ficam obcecados, embora amedrontados, pelas suas ideias ameaçadoras, ficam horrorizados, delirantes; presas de distorções e fobias repulsivas.
Nível nove: Procurando o esquecimento, eles podem cometer suicídio ou ter um surto psicótico da realidade. Enlouquecidos, explosivamente autodestrutivos, há tons de esquizofrenia em seus comportamentos. Geralmente correspondem aos transtornos de personalidade Esquizóide, Esquiva e Esquizotípica.

Eneagrama tipo 4 – O Romântico

Virginia Woolf
"É muito mais difícil matar um fantasma do que uma realidade."
Virginia Woolf, tipo 4

O Romântico

O tipo sensível e introspectivo: expressivo, dramático, temperamental e egocêntrico.


Resumo do tipo quatro:

Tipos quatro são sensíveis, conscientes de si e reservados. São sinceros em relação aos seus sentimentos, criativos e pessoais, mas também podem ser inconstantes e inseguros. Eles se contêm em frente aos outros por sentirem-se vulneráveis e defeituosos, e podem também sentir que formas “comuns” de se viver a vida são dispensáveis e dignas de desdém. Eles tipicamente têm problemas com melancolia, autoindulgência e autopiedade.

No seu melhor estado: são inspirados e altamente criativos, capazes de se renovar e transformar suas experiências.

Medo básico: Não ter identidade ou significância pessoal.

Desejo básico: Achar a eles mesmos e suas significâncias (criar uma identidade).

Eneagrama quatro com asa três: “O Aristocrata”.

Eneagrama quatro com asa cinco: “O Boêmio”.

Motivações principais: Expressar-se, expressar individualidade, criar e se rodear de beleza, manter determinados sentimentos e humores, recolher-se a fim de proteger a autoimagem, resolver necessidades emocionais antes de dar atenção a qualquer outra coisa, atrair um “salvador”.



O significado das setas (em resumo):

Quando caminham em direção à desintegração (estresse), quatros distantes repentinamente tornam-se excessivamente envolvidos e apegados, chegando ao tipo dois de maneira pouco saudável. Entretanto, quando movem-se em direção à integração (crescimento), quatros invejosos e emocinalmente turbulentos tornam-se mais objetivos e íntegros, como tipos um saudáveis.

Exemplos: Rumi,  Frédéric Chopin, Pyotr I Tchaikovsky, Gustav Mahler, Jackie Kennedy Onassis, Edgar Allen Poe, Yukio Mishima, Virginia Woolf, Anne Frank , Karen Blixen / Isak Dinesen, Anaîs Nin, Tennessee Williams, J.D. Salinger, Anne Rice, Frida Kahlo, Diane Arbus, Martha Graham, Rudolf Nureyev, Cindy Sherman, Hank Williams, Billie Holiday, Judy Garland, Maria Callas, Miles Davis, Keith Jarrett, Joni Mitchell, Bob Dylan, Paul Simon, Leonard Cohen, Yusuf Islam (Cat Stevens), Ferron, Cher, Stevie Nicks, Annie Lennox, Prince, Sarah McLachlan, Alanis Morrisette, Feist, Florence (+ the Machine) Welch, Amy Winehouse, Ingmar Bergman, Lars von Trier, Marlon Brando, Jeremy Irons, Angelina Jolie, Winona Ryder, Kate Winslet, Nicolas Cage, Johnny Depp, Tattoo Artist Kat Von D., o mágico Criss Angel, Streetcar Named Desire “Blanche duBois”.


Visão geral do tipo quatro:

Nomeamos esse tipo como O Individualista porque quatros baseiam suas identidades em se ver como fundamentalmente diferentes dos outros. Quatros sentem que são diferentes de outros seres humanos e, consequentemente, sentem que ninguém pode entendê-los ou amá-los adequadamente. Eles frequentemente se veem como particularmente talentosos, possuidores de dons únicos e especiais, mas também unicamente defeituosos, em desvantagem. Mais do que qualquer outro tipo, quatros são perfeitamente cientes de – e focados em – suas diferenças pessoais e deficiências.

Quatros saudáveis são honestos com eles mesmos: eles dominam todos os seus sentiments e podem procurar por causas, contradições e conflitos emocionais sem negá-los ou encobri-los. Eles podem não necessariamente gostar do que irão descobrir, mas eles não tentarão racionalizar seus estados, nem tentarão escondê-los de si ou dos outros. Eles não têm medo de se ver, até mesmo as partes feias, as suas “verrugas”. Quatros saudáveis estão dispostos a revelar coisas pessoais e potencialmente vergonhosas de si pois estão determinados em entender a verdade de suas experiências – e daí descobrirem quem são e se conciliar com suas histórias de vida. Essa habilidade também permite ao quatro resistir ao sofrimento com uma espécie de força silenciosa. Sua familiaridade com suas próprias naturezas interiores faz com que se torne mais fácil processar experiências doloras que podem sobrecarregar outros tipos.

Todavia, quatros frequentemente relatam que sentem que falta algo neles, embora eles possam ter dificuldade de identificar exatamente o que é esse algo. É força de vontade? Traquejo social? Confiança? Tranquilidade emocional? – tudo o que veem nos outros, aparentemente em abundância. Com tempo e perspectiva suficientes, quatros geralmente reconhecem que são inseguros sobre aspectos de sua autoimagem – suas personalidades ou mesmo estruturações do ego. Eles sentem como se faltasse a eles uma identidade estável e clara, particularmente uma persona social com a qual se sintam confortáveis.

É verdade que quatros com frequência se sentem diferentes dos outros, mas eles não querem realmente ficar sozinhos. Eles podem se sentir esquisitos socialmente, inseguros, mas eles desejam profundamente se conectar a pessoas que os entendam, que entendam seus sentimentos. Os “românticos” do eneagrama, eles desejam que alguém apareça em suas vidas e aprecie aquele eu secreto que eles alimentam e escondem do mundo. Se, ao longo do tempo, essa validação continuar fora de alcance, quatros começam a construir sua identidade em torno da ideia de quão diferentes são de todo o resto das pessoas

O excluído então se conforta em ser um indivualista insistente: tudo deve ser feito só, à sua maneira, nos seus próprios termos. O mantra dos quatros se torna o “Eu sou eu mesmo. Ninguém me entende. Eu sou diferente e especial”, enquanto eles desejam secretamente que pudessem aproveitar a simplicidade e confiança que os outros parecem dispor.

Quatros tipicamente têm problemas com autoimagem negativa e baixa autoestima crônica. Eles tentam compesar isso cultivando um “eu fantasioso” – uma autoimagem idealizada que é criada primariamente em suas imaginações. 

Um quatro que conhecemos compartilhou conosco que ele gastava a maior parte do seu tempo livre escutando música clássica enquanto fantasiava sobre ser um grande pianista concertista – como Vladimir Horowitz. Infelizmente, seu comprometimento em praticar era muito menor que a o da sua autoimagem fantasiosa, e ele com frequência ficava envergonhado quando as pessoas o pediam para tocar para elas. Suas habilidades reais, embora não fossem poucas, tornaram-se fonte de vergonha.

No curso de suas vidas, quatros podem experimentar identidades de diferentes “tamanhos”, baseando-as em estilos, preferências ou qualidades que acham interessantes nos outros. Mas, por debaixo da superfície, eles ainda se sentem incertos sobre quem realmente são. O problema é que eles baseiam sua identidade largamente em seus sentimentos. Quando quatros olham para dentro, eles veem um padrão de reações emocionais caleidoscópicas, mutantes. 

Certamente, quatros têm uma percepção precisa da natureza humana – ela é dinâmica e está sempre mudando. Mas, por quererem criar uma identidade estável e confiável a partir de suas emoções, eles tentam cultivar apenas certos sentimentos enquanto rejeitam outros. Alguns sentimentos são vistos como “eu”, outros como “não-eu”. Enquanto tentam se focar em humores específicos e expressar outros, quatros acreditam que estão sendo verdadeiros ao que são.

Um dos maiores desafios que quatros enfrentam é aprender a se libertar de sentimentos do passado; eles tendem a cultivar feridas e apegar-se a sentimentos negativos sobre aqueles que os machucaram. Quatros podem se apegar tanto ao anseio e à decepção que não são capazes que reconhecer os muitos tesouros de suas vidas.
Leigh é mãe, trabalha fora e tem sofrido com esses sentimentos difíceis por muitos anos.
"Eu entro em colapso quando eu me coloco no mundo. Eu tive uma gama de relacionamentos desastrosos. Odiei a bondade da minha irmã – e odiei bondade no geral. Passei anos sem alegria na minha vida, apenas fingindo sorrir porque eu não era capaz de produzir sorrisos reais. Eu tive um anseio constante pelo que quer que seja que eu não possa ter. Meus anseios podem ser que nunca se realizem, porque agora eu percebo que sou apegada ao ‘anseio’, não a algum fim específico."
Há uma história sufista que se relaciona a isso, sobre um velho cachorro que foi horrivelmente abusado e beirava a inanição. Um dia, o cachorro achou um osso, carregou-o para um local seguro e começou a roê-lo. O cachorro estava com tanta fome que mastigou o osso por um bom tempo e tirou dele até o último resquício de alimentação que aquilo poderia providenciar. Depois de algum tempo, um homem bondoso, de idade avançada, notou o cachorro e sua patética carcaça e começou a colocar comida para ele. Mas o pobre cão estava tão apegado ao seu osso que se recusou a deixá-lo e morreu de fome.

Quatros estão na mesma situação. Enquanto eles acreditarem que há algo fundamentalmente errado com eles, ele não são capazes de se deixar viver ou aproveitar suas muitas qualidades. Reconhecer suas boas qualidades seria perder seu senso de identidade (como uma vítima sofredora) e estar sem uma identidade relativamente consistente (seu medo básico). Quatros crescem quando aprendem a ver que muito de suas histórias não são verdade – ou pelo menos que não são mais verdade. Os sentimentos antigos começam a desmoronar quando eles param de contar a si mesmos a antiga história: ela é irrelevante para quem eles são agora.



Os níveis do tipo quatro:

Níveis saudáveis

Nível um (seu melhor estado): Profundamente criativos, expressando o pessoal e o universal, possivelmente em uma obra de arte. Inspirados, capazes de se renovar e se regenerar. Também são capazes de transformar todas as suas experiências em algo valoroso; encontram a criatividade em si mesmos.
Nível dois: Conscientes de si, introspectivos, na “procura por eles mesmos”, cientes de sentimentos e impulsos internos. Sensíveis e intuitivos, para si e para os outros: gentis, com tato, compassivos.
Nível três: Altamente pessoais, individualistas, “fiéis a eles mesmos”, autocríticos, sinceros aos seus sentimentos, humanos. Visão irônica de si e da vida: podem ser sérios e engraçados, vulneráveis e possuidores de força emocional.


Níveis medianos

Nível quatro: Tomam uma orientação romântica e artística da vida, criando um ambiente bonito e esteticamente agradável para cultivar e prolongar sentimentos pessoais. Elevam a realidade através da fantasia, sentimentos apaixonados e a imaginação.
Nível cinco: Para ter contato com seus sentimentos, eles interiorizam tudo, tornam tudo pessoal, mas também se tornam egocêntricos e introvertidos, inconstantes e hipersensíveis, tímidos e inseguros, incapazes de ser espontâneos ou “sair de si mesmos”. Mantêm-se recolhidos para proteger sua autoimagem e para conseguir tempo para ordenar seus sentimentos.
Nível seis: Gradualmente pensam que são muito diferentes dos outros, eles sentem que não precisam viver como o resto das pessoas vive. Eles se tornam sonhadores melancólicos, desdenhosos, decadentes e sensuais, vivendo num mundo imaginário. Autopiedade e inveja dos outros os levam à autoindulgência, e eles vão ficando cada vez mais impráticos, improdutivos e afetados.


Níveis não saudáveis

Nível sete: Quando seus sonhos falham, eles se tornam autoinibidores, com raiva de si, deprimidos e alienados de tudo, bloqueados, paralisados emocionalmente. Sentem vergonha de si, fadiga e incapacidade de funcionar.
Nível oito: Tormentados com um desprezo ilusório que têm deles mesmos, repreendem-se, sentem ódio de si e têm pensamentos mórbidos: tudo é uma fonte de tormento. Culpando os outros, eles afastam quem quer que os tente ajudar.
Nível nove: Desesperados, sentem que não há mais esperança e tornam-se autodestrutivos, possivelmente abusando de álcool ou drogas para escapar. No extremo: colapso nervoso ou suicídio são comuns. Geralmente correspondem aos transtornos de personalidade depressiva, esquiva e narcisista.

Fonte:  

Eneagrama tipo 6 – O Precavido

Ellen DeGeneres Kicks Off Duracell/Toys For Tots Initiative "Power A Smile" Campaign
"Às vezes você não consegue ver a si mesmo claramente até se ver pelos olhos dos outros."
Ellen DeGeneres, tipo 6

O Precavido

O tipo comprometido, que procura segurança: empenhados, responsáveis, ansiosos e desconfiados.


Resumo do tipo seis:

O tipo que procura segurança, comprometido. Tipos seis são confiáveis, trabalhadores, responsáveis e leiais. “Solucionadores de problemas” excelentes, eles preveem problemas e promovem cooperação, mas também podem se tornar defensivos, evasivos e ansiosos – funcionando sob stress e reclamando disso. 

Eles podem ser cautelosos e indecisos, mas também reativos, desafiadores e rebeldes. Eles normalmente têm problemas com duvidar de si mesmos e desconfiança.

No seu melhor estado: estáveis internamente e independentes, corajosamente defendendo a eles mesmos e os outros.

Medo básico: Não ter apoio nem tutela.

Desejo básico: Ter segurança e apoio.

Eneagrama seis com asa cinco: “O Defensor”.

Eneagrama seis com asa sete: “O Camarada”.

Motivações principais: Querem ter segurança, se sentir apoiados pelos outros, ter certezas e garantias, testar as atitudes das pessoas a cerca deles, lutar contra a ansiedade e insegurança.



O significado das setas (em resumo):

Quando se movem em direção à desintegração (estresse), seis subservientes de repentes tornam-se competitivos e arrogantes, agindo como tipos três pouco saudáveis. No entanto, quando se movem em direção à integração (crescimento), tipos seis, que são pessimistas e medrosos, tornam-se mais relaxados e otimistas, como noves saudáveis.

Exemplos: Krishnamurti, Johannes Brahms, Mark Twain, Sigmund Freud, J. Edgar Hoover, Richard Nixon, Robert F. Kennedy, Malcolm X, George H.W. Bush, Diana, a Princesa de Gales, Príncipe Harry, J.R.R. Tolkien, John Grisham, Mike Tyson, Bruce Springsteen, U2’s Bono, Melissa Etheridge, Eminem, Oliver Stone, Michael Moore, Spike Lee, Marilyn Monroe, Robert De Niro, Dustin Hoffman, Mark Wahlberg, Woody Allen, Diane Keaton, Mel Gibson, Sally Field, Tom Hanks, Meg Ryan, Julia Roberts, Jennifer Aniston, Ellen Page, Paul Rudd, Sarah Jessica Parker, Ben Affleck, Hugh Laurie, Katie Holmes, David Letterman, Jay Leno, Ellen Degeneres, Andy Rooney, Katie Couric, Newt Gingrich, Alex Jones (Infowars), Rush Limbaugh, Chris Rock, Lewis Black, Larry David, “George Costanza” (Seinfelds), “Frodo Baggins” (Lord of the Rings).


Visão geral do tipo seis:

Nomeamos o tipo seis como “O Leal” porque, de todos os tipos de personalidade, os seis são os mais leais aos seus amigos e seus valores. Eles irão “afundar junto com o barco” e se manterão em relacionamentos de todos os tipos por muito mais tempo que a maioria dos outros tipos. Seis também são leais a ideias, sistemas e crenças – até mesmo a crença de que todas as ideias ou autoridades devem ser questionadas ou desafiadas. Na verdade, nem todos os seis vão ao encontro do “status quo”: suas crenças podem ser subversivas e anti-autoritárias, até mesmo revolucionárias.Nesse caso, eles tipicamente lutarão pelas seus valores com mais garra do que eles lutam por eles mesmos, e eles defenderão suas comunidade ou família com mais tenacidade do que o fariam por si.

A razão de os tipos seis serem tão leais aos outros é porque eles não querem ser abandonados e ficarem sem apoio – seu medo básico. Assim, o problema central do tipo seis é o de falta de autoconfiança. Seis acreditam que eles não possuem os recursos internos necessários para enfrentar os desafios e imprevistos da vida sozinhos, então cada vez mais se apoiam em estruturas, aliados, crenças e suporte fora deles para orientá-los e assim poderem sobreviver. Se estruturas adequadas não existirem, eles ajudarão a criá-las e mantê-las.

Seis são o tipo primário do grupo do “pensamento”, o que significa que são eles os que têm mais problemas em entrar em contato com a sua própria orientação interna. Como resultado, eles não confiam em suas próprias mentes e julgamentos.

Isso não significa que eles não pensam. Pelo contrário, eles pensam – e se preocupam – muito! Eles também tendem a ter medo de fazer decisões importantes, embora, ao mesmo tempo, eles resistem a qualquer pessoa que tente tomar decisões por eles. Eles desejam evitar ser controlados, mas também têm medo de se responsabilizar de maneira a colocá-los na “linha ofensiva”. (O antigo adágio japonês que diz “O gramado que cresce muito é cortado” relaciona-se a essa ideia.)

Tipos seis estão sempre cientes de suas ansiedades e estão sempre procurando maneiras de construir baluartes de “segurança social” contra elas. Se tipos seis sentem que eles têm apoio o suficiente, eles se movem adiante com certo grau de confiança. Mas se o apoio é vacilante, eles se tornam ansiosos e inseguros, acordando novamente seu medo básico. (“Eu estou sozinho! O que eu vou fazer agora?”) Uma boa pergunta aos tipos seis pode ser, portanto, essa: “Quando eu saberei que eu tenho segurança o suficiente?” ou, para chegar ao cerne da questão, “O que é segurança?”. Sem a orientação interna essencial e o profundo senso de apoio que ela traz, tipos seis estão o tempo todo lutando penosamente para achar um chão firme.

Tipos seis tentam construir uma rede de confiança sobre um buraco de instabilidade e medo. Eles frequentemente estão cheios de uma ansiedade sem nome e então tentam achar ou criar razões para a sua existência. Por querer sentir que há algo sólido e claro em suas vidas, eles podem vir a se apegar a explicações ou posições que parecem explicar a situação deles. Como “acreditar” (confiança, fé, convicções, posições) é algo difícil de se alcançar para os seis, e como isso é tão importante para o seus sensos de estabilidade, assim que determinam uma crença confiável para si, eles não a questionam com regularidade, nem querem que os outros o façam. O mesmo acontece para pessoas na vida do tipo seis: assim que eles sentem que podem confiar em alguém, eles percorrem longas distâncias para manter conexões com aquele que age como um amplificador, um mentor ou um regulador dos comportamentos e reações emocionais deles. A partir daí, eles fazem de tudo que for ao seu alcance para manter essas afiliações. (“Se eu não confio em mim mesmo, então preciso achar alguém no mundo em que eu possa confiar.”)

Embora seja inteligente e capaz, Connie ainda teve de lutar com a falta de autoconfiança que é característica do seu tipo:
"Quando minha ansiedade estava sob controle, também estava minha necessidade de “ter o ok” dos meus amigos para tudo. Eu costumava precisar do consentimento de algumas milhares (estou brincando!) de “autoridades”. Quase todas as minhas decisões envolviam um conselho dos meus amigos. Eu normalmente fazia isso, de um por um: “O que você acha, Mary?” “Se eu fizer isso, então aquilo pode acontecer.” “Por favor, decida por mim!” …Recentemente, eu encolhi minhas autoridades a ou dois amigos confiáveis, e de vez em quando, eu mesma decido por mim!”
Até eles conseguirem entrar em contato com sua própria orientação interior, tipos seis agem como bolas de pingue-pongue, que está num constante vai-e-vem entre qualquer que seja a influência que bata mais forte a qualquer momento. 

Devido a essa reatividade, não importa o que digamos sobre os tipos seis, o oposto também é normalmente verdade. Eles são, ao mesmo tempo, confiáveis e não confiáveis, fortes e fracos, medrosos e corajosos, agressivos e passivos, bullies e fracotes, na defensiva e na ofensiva, pensadores e doadores, um grupo de pessoas ou sozinhos, crentes e céticos, cooperativos e obstrutores, gentis e cruéis, generosos e mesquinhos – e assim vai. É a imagem contraditória que é a “marca registrada” dos tipos seis; o fato de que são uma penca de oposições.

O maior problema para os tipos seis é que eles tentam construir segurança em seu meio sem resolver suas inseguranças emocionais. Quando eles aprendem a enfrentar a ansiedade, no entanto, tipos seis entendem que, embora o mundo esteja sempre mudando e seja, por natureza, incerto, eles podem ser serenos e corajosos em qualquer circunstância. E eles podem atingir o melhor prêmio de todos, uma noção de paz interior, mesmo com as incertezas da vida.



Níveis do tipo seis:

Níveis saudáveis

Nível um (no seu melhor estado): Tornam-se capazes de se autoafirmar, confiam em si e nos outros, são independentes, embora simbioticamente interdependentes e cooperativos, mantendo o equilíbrio. A crença em si os leva à coragem verdadeira, pensamento positivo, liderança e autoexpressão rica.
Nível dois: São capazes de evocar reações emocionais fortes nos outros: muito atrativos, cativantes, amáveis, afetuosos. Importante para a confiança: conectar-se aos outros; formam relacionamentos permanentes e alianças.
Nível três: Dedicados a indivíduos e movimentos em que eles acreditam profundamente. Construtores de comunidade: responsáveis, confiáveis, leais, trabalhadores e perseverantes, sacrificam-se pelos outros e criam estabilidade e segurança em seus mundos, trazendo à tona o espírito cooperativo.


Níveis medianos

Nível quatro: Começam a investir seu tempo e energia no que for que acreditem que seja seguro e estável. Organizando-se e se estruturando, eles buscam alianças e autoridades para segurança e continuidade. São vigilantes constantes, antecipando problemas.
Nível cinco: Para resistir sofrer com demandas, eles reagem contra os outros de maneira passivo-agressiva. Tornam-se evasivos, indecisos, cautelosos, procrastinadores e ambivalentes. São altamente reativos, ansiosos e negativos, dando “sinais imprecisos”, contraditórios. A confusão interna faz com que ajam inesperadamente.
Nível seis: Para compensar suas inseguranças, eles se tornam sarcásticos e beligerantes. Culpam os outros por seus problemas, tomam uma postura dura contra os que consideram “que estão do lado de fora”. Altamente reativos e defensivos, dividem as pessoas entre amigos e inimigos, enquanto procuram por ameaças a sua própria segurança. Autoritários, embora tementes da autoridade; desconfiados, embora conspiratórios; incutem medo para silenciar seus próprios.


Níveis não saudáveis

Nível sete: Temendo ter arruinado sua segurança, eles se tornam afobados, voláteis e começam a se menosprezar com sentimentos agudos de inferioridade. Vendo-se como indefesos, eles procuram alguma autoridade ou crença mais forte para resolver todos os problemas. Altamente controversos, desprezam e repreendem os outros.
Nível oito: Sentindo-se perseguidos, sentindo que alguém está “lá fora, atrás dele”, eles atacam e agem irracionalmente, trazendo à tona o que eles temem. Fanatismo, violência.
Nível nove: Histéricos, e procurando escapar da punição, eles se tornam autodestrutivos e suicidas. Alcoolismo, overdose de drogas, comportam-se de maneira humilhante. Geralmente correspondem aos transtornos de personalidade passivo-agressivo e paranoide.

Fonte: 

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Todo o Tipo 8 é como Donald Trump?




O Eneagrama estuda 9 perfis de personalidade, as suas formas de pensar, sentir e agir.
É fácil antecipar o líder norte americano Donald Trump como um perfil Tipo 8 do Eneagrama – o Confrontador. Mas é fácil encontrar muitas pessoas com o mesmo perfil de personalidade que Donald Trump e que não se identificam em nada com o seu estilo, valores ou convicções. Então o que difere na verdade 2 pessoas com o mesmo perfil tipo 8 e quais as suas semelhanças?
Na sua base todas as pessoas de perfil Tipo 8 dominante pensam, sentem e agem, na sua percepção, de forma semelhante. No mundo interno a sua realidade é percebida e justificada de forma igual.
Ou seja, quando falamos de personalidade falamos de filtro base de cada pessoa. O filtro que está por trás de todas as nossas ações. Por isso o que analisamos com o Eneagrama são motivações, mais que comportamentos. Compreendemos com a personalidade formas de pensar, sentir e agir a as motivações base por trás de todos os nossos comportamentos. A personalidade é como a “estória” que contamos para nós mesmos para aceitar nossas decisões e ações ou falta delas.
Para além da nossa personalidade tem também nossa história de Vida. E aqui reside a diferença de cada indivíduo. A nossa história de Vida influencia a forma como agimos, como construídos nos nossos valores e como nos relacionamos. Alguém que pela sua história de Vida profissional tenha dedicado muito do seu tempo e da sua experiência a salvar vidas humanas, é natural que esteja ativamente disponível para ajudar outras pessoas com naturalidade, sem que isso esteja diretamente relacionado com a sua personalidade.
Da mesma forma que se alguém foi vítima consecutiva de agressões verbais e diminuição do seu valor por um período de tempo, isso condicionará definitivamente a sua interação com as outras pessoas e consigo mesmo. Todas essas experiências condicionam de alguma forma as nossas respostas para com o ambiente.
A nossa personalidade será uma vez mais uma salvação, uma forma de olhar por um determinado acontecimento e justificar o nosso “equilíbrio”.

Conclusão

Se queremos antecipar comportamentos e profiles, para além da compreensão da personalidade, teremos que sempre equacionar a história de Vida e o caráter dessa pessoa. Só assim compreendemos por completo a sua identidade.
No entanto, quando compreendemos as nossas motivações-base e a nossa personalidade é reconhecida, ganhamos o distanciamento suficiente para olhar com recursos para o nosso caráter e para a nossa história de Vida, ganhando o poder de os transformar e tornarmo-nos pessoas mais íntegras e completas. A esse estado chamamos nível de consciência. Para bem do mundo dos nossos filhos façamos votos que algum milagre ocorra com o Sr. Trump.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

O que é o Enegrama?




Composto por um círculo, um triângulo e uma hexade, o eneagrama é uma figura geométrica de nove pontas que funciona como símbolo processual. Pode ser usado na compreensão e estudo de qualquer processo contínuo, uma vez que, em sua lógica, o fim é sempre o início de um novo ciclo.
É essa riqueza de possibilidades que explica a presença do eneagrama em diversas tradições antigas, do pensamento grego de Pitágoras e Platão às filosofias herméticas e gnósticas, passando pelo judaísmo, cristianismo e islamismo.
No mundo moderno, a presença do eneagrama se deve a Gurdjieff, filósofo armênio que ensinou filosofia do autoconhecimento profundo no começo do século passado. Gurdjieff deparou-se com o símbolo em uma de suas viagens e passou a utilizá-lo como um modelo de processos naturais.
Alguns anos mais tarde, Oscar Ichazo, filósofo boliviano que, assim como Gurdjieff, era fascinado pela ideia de recuperar conhecimentos perdidos, pesquisou e sintetizou os vários elementos do eneagrama. No início da década de 50, Ichazo associou as nove pontas do símbolo aos nove tributos divinos que refletem a natureza humana, oriundos da tradição cristã. Nascia a relação entre o eneagrama e os tipos de personalidade. Ao longo dos anos seguintes, Ichazo estabeleceu a sequência adequada de emoções no símbolo, fazendo mais de 108 eneagramas descrevendo processos e criando o primeiro mapa da psique humana para elevação do nível de consciência.
Por fim, em 1970, o médico psiquiatra Claudio Naranjo correlacionou os tipos do eneagrama às características psiquiátricas que conhecia, começando a expandir as resumidas descrições de Ichazo e montando um sistema de tipologias.

Teste de Eneagrama

            Dos muitos testes que existem, inclusive aqui na internet, eu recomendo o teste abaixo que é feito de forma simples e prática bastando apenas clicar sobre algumas figuras com algumas palavras.
           



           Logo que você clicar no link abaixo, será direcionado para uma página que pedirá para você digitar seu nome e uma conta de e-mail para avançar no teste e, posteriormente, receber um e-mail com o resultado.

Tipo 9 do Eneagrama

Personalidade Tipo 9 - O Preservacionista
Vício Emocional = Indolência
As pessoas que adotaram o Tipo 9 são centradas na emoção ou na mente, têm uma atitude mediadora, dando prioridade ao bem comum. O vício emocional é a Indolência, que, por ser inconsciente, é justificada com a atitude tranquila e auto-imagem conciliadora, "Se cada um ceder um pouco, todos ficarão bem". O nome Preservacionista vem da busca de preservar o status, evitando conflito em prol da paz e da tranqüilidade.
A principal conseqüência negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas apáticas, que desenvolveram um estado de anestesia para não sofrerem atritos com a realidade. Uma atitude de hiper-flexibilidade os deixa amorfos, adequando-os facilmente ao ambiente. São pessoas que expressam serenidade e calma, mesmo não sendo estes seus sentimentos reais. A apatia emocional os deixa indecisos, a ponto de serem conhecidos como “tanto faz”.
Nas empresas, encontramos o Tipo 9 nas mais variadas áreas. Sua facilidade em se adaptar permite manterem-se em atividade por longos prazos, resistindo inicialmente a mudanças, mas adaptando-se no decorrer do tempo. Administrativo, secretariado, atendimento ao público e auxiliares são algumas das áreas comuns. Sua habilidade mediadora é muito útil nas situações em que é necessário desenvolver tarefas de longo prazo. Mas em sua compulsão, acabam cedendo para evitar o conflito. Tornam-se indecisos e procrastinadores, preferindo a realização de tarefas ao envolvimento ativo na busca de soluções – "Vou me fingir de morto para sobreviver".
Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 9 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a desenvolver a neutralização do vício emocional (Indolência) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Ação Correta. Esta ferramenta os auxiliam a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais na atitude adaptativa ao meio em que estão inseridos, permitindo uma integração maior de seus sentimentos, pensamentos e ações.
Exemplos de Tipo 9: Dorival Caymmi, Tom Jobim, Martinho da Vila, Anderson Silva.

 CARACTERÍSTICAS POSITIVAS

  • Calmos
  • Flexíveis
  • Mediadores

 CARACTERÍSTICAS NEGATIVAS

  • Apáticos
  • Inseguros
  • Pouco senso de direção