Às
vezes, estamos tão física e emocionalmente em “estado de choque” devido
a este processo de integração, que não conseguimos ver a beleza dessa
iluminação incorporada.
Como
estamos criando literalmente uma nova realidade, exatamente aqui em uma
realidade velha e dualista! E essa nova realidade nunca existiu antes –
em que os opostos se reúnem. O eu humano e o eterno. Estamos ainda
cercados por uma realidade de terceira dimensão muito densa e muitas
vezes dura, mas estamos nos tornando cada vez menos sujeitos a suas
influências, mesmo para a física. Sim, estamos começando a desafiar a
própria física!
Estamos
nos transformando de um corpo de base carbono para um cristalino. Nosso
DNA está se transformando à medida que a luz é introduzida nas células.
E, embora a ascensão seja uma parte natural de nosso processo
evolutivo, a iluminação incorporada é novidade. Um ser humano pode
ascender sem integrar plenamente o seu corpo de luz. Pode expandir sua
consciência para os domínios superiores, mas não envolve necessariamente
o corpo humano ou a personalidade humana. A maioria dos Mestres
Ascensos do passado deixou o planeta logo após sua iluminação, porque
eles não tinham preparado os seus corpos para incorporar o espírito. De
fato, eles viam o corpo como uma distração.
Mas,
escolhemos permanecer aqui e incorporar o nosso eu eterno. Não
estávamos dispostos a espalhá-lo ao longo de diversas vidas. Queríamos
que fosse realizado nesta existência.
Portanto,
esta nova realidade não é apenas um conceito agradável, ou os devaneios
de uma mente delirante… é muito real, e no entanto é muito fluido. É
menos denso, mais maleável. Combina os atributos físicos e etéreos.
Nosso
corpo sente isso, visto que às vezes experimenta uma flutuabilidade,
tontura, náusea e outros sintomas, por entrar e sair de realidades
diferentes. E às vezes sentimos o peso, a densidade, aqui, até mais
profundamente. Como se estivéssemos pisando em sopa de ervilhas.
Vibracionalmente, não somos mais compatíveis com a velha consciência e a
realidade que ela reproduz.
Nosso
corpo de luz está se ajustando ao seu novo lar, aqui em nosso corpo. E,
visto que nunca experimentou esse tipo de integração antes, é
extremamente sensível às energias. Mas, no final das contas se integra e
se equilibra, e o corpo físico faz o mesmo. Por mais lenta que essa
integração nos pareça, há um benefício em não ir rápido demais, a menos
que queiramos queimar o nosso sistema.
Todos
sabemos intimamente como é desafiador ter que nos sentir em tais níveis
profundos, todos os temores e outras emoções que herdamos. Ter que
suportar as mudanças físicas, algumas das quais trazem à tona antigas
doenças hereditárias para serem transmutadas. Mas, faz parte do
processo.
SOMOS MODELOS VIVOS
Contudo,
apesar das dificuldades, é reconhecidamente um processo incrível. Aqui
estamos, um pequeno, porém devotado grupo de todo o mundo sendo os
primeiros a passar por isso. Existem alguns milhões despertando neste
momento, mas aqueles que estão na vanguarda, que são os primeiros a
experimentar isso, é um número pequeno.
As
realizações externas que as sociedades mantêm na mais elevada estima
empalidecem em comparação com o que está acontecendo aqui dentro de cada
um de nós. Outros não têm a menor ideia de que somos aqueles que
concretizam uma solução para os problemas que o mundo, os Universos e
até nossas famílias espirituais enfrentam de volta para casa. Estamos
incorporando a mesma consciência que soluciona a batalha da luz e da
escuridão, masculino e feminino, e de todo o restante disso.
Isso
não quer dizer que, de repente, tudo fique limpo, que nossos
companheiros humanos fiquem mais fáceis de se conviver. Muito pelo
contrário. Mas isso significa que estamos criando o novo modelo de paz,
amor e paixão. Tornamo-nos exemplos vivos de humanos divinos que são
integrados, amam a si mesmos, são autossustentáveis e têm uma paixão
pela vida. Que estão livres para expressar sua sensualidade e que não
temem o que os outros pensam deles. Tornamo-nos exemplos vivos de seres
que são ainda muito humanos, ainda ficamos irritados, ainda perdemos a
paciência, mas a diferença é que estamos bem com isso e não estamos mais
interessados em analisar todas as nossas “coisas”. E esse potencial
está disponível àqueles que estão prontos para a mudança real. E mesmo
que qualquer um de nós sinta que não está ‘lá’ ainda em nossa
iluminação, ou que tem muito mais trabalho a fazer (o que é uma ilusão)
ainda assim pavimentamos o caminho para aqueles que estão começando o
seu despertar. Na verdade, se não avançarmos mais, já fizemos o que
vimos fazer aqui.
Há
tantas palavras vazias referentes à paz e ao amor, à consciência de
unidade, mas muito poucos realmente compreendem o que isso significa.
A BATALHA INTERIOR – A FRONTEIRA FINAL
O
amor que estamos incorporando é o amor por SI. Por todos os nossos
aspectos, por nossa assim chamada luz e sombra. Não estamos mais
renegando partes de nós mesmos. Mas, a fim de fazer isso, precisamos nos
desconectar dos demais e deste mundo. Isso não implica na necessidade
de abandonar nossa família, nossos parceiros, ou nos isolar de nós
mesmos, em um topo de montanha em algum lugar… mas exige uma liberação
energética. E isso às vezes significa deixar de lado amizades ou outros
relacionamentos, às vezes, apenas temporariamente, outras, para sempre.
Não há como fazer isso sem o foco interno, que vai parecer egoísmo para
os outros.
Nossa
única responsabilidade em relação ao resto do mundo é nos mantermos
livres e separados dele. É deixar de ser responsável pelo modo como
alguém se sente e deixar de fazer alguém responsável por nossos
sentimentos ou nossa alegria. É também deixar de tornar responsável
nosso eu humano por nossa alegria. Ou mesmo responsável por nossa saúde,
nossa riqueza e nosso bem-estar. Muitos vão ver isso como sendo
irresponsabilidade e indiferença. Mas, ser um Mestre da própria
consciência e da própria realidade não será compreendido pela maioria da
humanidade durante um longo tempo. Eles ainda não compreendem que a paz
nunca será uma realidade neste planeta até que cada pessoa adote o
autoamor, a autoaceitação, e tenha uma profunda conexão com a própria
alma.
Mas,
realmente, quantos seres humanos já gastaram tempo amando-se
verdadeiramente? Não se trata de exercício mental de separar as
qualidades nos assim chamados atributos bons e maus e depois dizer:
“Tudo bem, eu seleciono apenas a coisa ‘boa’ e escolho amar aquelas
sobre mim mesmo.” Em seguida, rejeitar o resto.
AMEM A SI MESMOS
Isso é o que a humanidade vem fazendo, e, bem, os resultados falam por si mesmos.
Portanto,
esse amor acolhe todos os nossos aspectos, sem exceção. Não se faz isso
com a mente. A mente humana não possui a capacidade para essa espécie
de aceitação. Isso exige uma parceria com o eu eterno, o humano com o
divino, para consegui-lo.
Assim
como deixamos que aqueles no resto do mundo batalhem uns com os outros,
em nome do amor, da religião, do poder ou de qualquer outro jogo que
esteja sendo praticado, fazemos o mesmo com os nossos aspectos. Estamos
aprendendo a deixá-los batalhar entre si, sem interferir… muito mais
difícil do que nos separar do mundo. Mas, estamos descobrindo que se
continuarmos permitindo que essas nossas partes de nosso passado nos
puxem para o drama, estaremos de volta à velha realidade novamente.
O
que estamos fazendo é profundo. Estamos começando a confiar que já
estamos iluminados, que existe a nossa parte eterna que já está com o
masculino e o feminino equilibrados, que se honram mutuamente. E essa
parte iluminada está simplesmente voltando para casa, para nós aqui
nestes corpos. E nesse processo nasce uma nova realidade.
Essa
afirmação nunca foi mais verdadeira do que neste processo ascensional.
Alguns dentre nós estão no ponto em que estamos dizendo: “Tudo bem, eu
apenas estou indo… apenas vou permitir que este processo se desenvolva,
com a menor interferência possível da minha mente… o que mais posso
perder? O que de pior pode acontecer? Eu vou morrer? Bem, eu vou fazer
isso de qualquer maneira finalmente… e se eu morrer amanhã ou daqui a
quarenta anos, quando acontecer ainda serei o meu EU SOU e tudo estará
bem, e vou seguir em frente para outras aventuras… e o melhor cenário,
fico por perto, integro o meu divino EU SOU, aproveito a vida aqui como
um Mestre iluminado antes de morrer!” Portanto, ambos conduzem a finais
felizes, realmente!
A LIBERDADE É APENAS UMA OUTRA PALAVRA PARA NADA A PERDER
E já sabemos que estar aqui sem o nosso eu eterno é muito, muito pior do que qualquer medo da morte!
Autor: Maria Chambers
Fontes:
Tradução: Ivete Brito: adavai@me.com – www.adavai.wordpress.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário