Mestre El Morya
28 de Agosto de 2016
Um
dia eu fui um homem e eu caminhei pelas terras altas procurando o meu
caminho. Eu queria encontrar aquele que seria o meu Reino.
Eu
vim de uma história triste, de muitas famílias brigando, de muitas
disputas de poder. E quando eu e meus familiares chegamos perto de um
rio, ali seria construído um grande Reino. Os homens vieram carregando
as barracas… Os homens vieram trazendo as nossas posses, as mulheres, as
crianças.
E
ali foi edificado, a princípio uma aldeia. Depois, um Templo – como era
de costume na época – se construía a Torre para Deus, antes de
construir a Torre para o homem. E eu fui morar nesse ambiente. Trazido
do nada, crescido da terra, construído pelas mãos de homens que tinham
fé.
E
ali nós passamos grande parte da nossa vida, na luta pela construção. E
quando, uma das primeiras edificações estava ficando pronta, o meu pai
que já era mais velho, faleceu. E eu, que era um jovem ainda – muito
imaturo – assumi o trono.
Um
trono que não era feito de ouro. Um trono que não tinha uma coroa. A
minha coroa era a minha história, as minhas memórias, as memórias de
honradez, de conquistas da minha família, crenças que a minha família
tinha, forças herdadas dos meus ancestrais.
E
ali, nós fizemos a nossa morada. Uma morada que precisou de muito,
muito esforço. Cada dia era um vencimento. Cada tempo que passava, cada
mês que se passava, cada Lua que se erguia no céu… Era para se olhar
para trás e comemorar o esforço que foi feito.
Então
nós nos reuníamos, em torno de uma fogueira, à luz do luar… E
passávamos a limpo tudo aquilo que estávamos fazendo juntos – eu e o meu
grupo. E ali, com todo aquele esforço naquela vida, o meu grande
aprendizado foi aprender que Eu Sou o que Eu Sou. Desde que eu possa
estar com os outros.
Eu aprendi que Eu Sou o que Eu Sou, quando eu posso compartilhar.
Eu
Sou o que Eu Sou, quando sou capaz de pedir ajuda, quando sou capaz de
receber a inteligência do outro, de reconhecer o bem do outro. Porque,
todos juntos, criamos uma grande força.
E
assim passávamos as semanas, passávamos os meses, sempre nos reunindo.
Sempre sentados à luz da Lua, aquecidos pelo fogo, comendo a comida que
nós mesmos estávamos plantando, cultivando, cuidando.
Foi
uma vida de extremo sacrifício. Onde, todo o nosso povo, abriu mão de
vaidade, abriu mão de desejos, porque fomos escolhidos pela
simplicidade. Foi um momento de mudança. O meu povo estava sendo
convidado a mudar, a fazer diferente, a viver diferente.
Nós
saímos de uma cidade grande, de um lugar grande, rico, porque nós não
queríamos mais a guerra. Nós fomos desertores de um outro Reino, meu
pai, minha família, os amigos, pessoas muito honradas que não queriam
mais brigar.
Então,
nós nos retiramos e fomos embora caminhando, sem ter nada. Guiados pela
Lua, guiados pelas estrelas, buscando um canto onde não incomodássemos
ninguém. Onde não tivéssemos mais que disputar pelo desejo, pelo sonho,
pelo dinheiro, pela comida, ou apenas por um olhar negativo de alguém –
não queríamos mais a guerra. E a única forma foi ir embora do conflito.
Mas
pagamos um preço, honrado, pelas nossas escolhas. E esse preço foi
morar num lugar nunca antes habitado. E construir, do nada, um Reino que
acolhesse as nossas pessoas, as nossas cabeças, nossos filhos e nossas
crenças.
E
assim, eu, lutei durante a minha vida inteira, para oferecer aos outros
e a mim mesmo o fruto de uma escolha muito consciente de não mais
brigar.
Eu
Sou El Morya. E está foi uma de minhas vidas de grande aprendizado. Um
aprendizado que eu compartilho com vocês, meus amados irmãos, filhos da
minha luz. Não briguem. Acabou o tempo das brigas. Acabou o tempo de
buscar, ganhar o seu em detrimento de alguém.
Foi-se
o tempo da necessidade da supremacia do ego, da vaidade, das disputas,
das necessidades exageradas. Contentem-se com pouco e terão muito. Eu
não falo aqui de pobreza. Nem de abrir mão dos seus poderes e dos seus
conhecimentos, ao contrário.
Meus
amados é o momento de usar toda a sua força a seu favor. De construir
as casas aonde não existem casas. E de compartilhar, de aprender a
conviver com as pessoas, de aprender estar com as pessoas. De edificar o
seu caminho do bem.
De
fazer com que seus grupos de amigos se unam para falar na palavra de
Deus. Que seus colegas – pessoas que pensam como vocês – se encontrem a
cada Lua, à beira da fogueira, para falar o nome de Deus. Conversar
sobre Deus, conversar sobre o Trabalho Espiritual.
Servir
a Deus é servir a sua própria elevação acima de tudo. Muitos fazem a
caridade doando aquilo que lhes é supérfluo. A verdadeira caridade é
doar aquilo que lhes é mais caro, que é o seu tempo e a sua consciência.
Então
pense em você. Pense quem você é. Pense quem é esse Eu Sou que está
dentro de você. E a cada dia que abrirem os olhos, se comprometam com o
seu dia, porque é você quem faz o seu dia.
As
situações kármicas, os aprendizados, assim como os desafios que estão
no seu caminho, ali estão para você provar a você mesmo, que você é o
seu Eu Sou. Não reclamem da vida, não reclamem da sua colheita, porque
vocês estão hoje, colhendo exatamente aquilo que plantaram, num passado
não tão remoto.
A
sua vida hoje é o reflexo de tudo o que já foi, tudo o que você já fez,
tudo o que você escolheu. Reconheça a sua Luz, porque cada lição que
está no seu caminho, foi uma lição escolhida por você mesmo, para você
mudar.
E
nunca, aponte a lição do outro. Nem diga que a vida do outro é fácil,
porque esse respeito a dor e sofrimento, aos seus parceiros e colegas na
caminhada é que torna você um Ser de Amor.
Eu
Sou o que Eu Sou, se tornou o meu mantra. O mantra em que eu tive que
me tornar um homem humilde. De Chefe, de Rei, de orientador do meu
grupo, a lição que eu tiro maior de todas é a humildade. Porque sozinho
eu não pude reinar. Eu precisei de cada uma daquelas pessoas para me
acolher, me amar e me suportar. Assim… Eu me doo com amor. E eu recebo
com amor.
Ofereço
a vocês a minha energia da Chama Azul. Me sinto como vocês, honrado,
por fazer parte dessa grande mudança que acontece no Planeta. Uma
mudança que acontece dentro de cada um.
Recebam
as minhas bênçãos e luz. E caminhe na Consciência do Eu Sou. A cada
dia, sendo, se tornando um Ser humano melhor, do que aquele que acordou
com você, hoje.
Eu Sou o que Eu Sou.
Tenham Luz e tenham Paz.
Canal: Maria Silvia P. Orlovas
http://mariasilviaporlovas.blogspot.com.br/
www.sementesdasestrelas.com.br
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