22 de Maio de 2016
Nestes
dias, o Vaticano disse que não há problema algum em acreditar nos
alienígenas extraterrestres. O Vaticano não é o único bastião
do conservadorismo para ter saído com esta política nos últimos
anos. Tanto o governo Britânico quanto o Francês liberaram agora
os seus extensos arquivos sobre as descobertas de Objetos Voadores
Não Identificados.
Os
Governos estiveram cautelosos ao falar sobre os Objetos Voadores Não
Identificados desde o pânico nacional que Orson Welles causou na
América em 1938, quando ele leu uma adaptação do “romance” de
H.G. Well: “A Guerra dos Mundos” no rádio. A transmissão durou
60 minutos sem interrupção comercial e foi formatada como uma
série de transmissões de notícias sobre uma contínua invasão
alienígena da Terra.
Pessoas
que se sintonizaram com o programa de rádio após o anúncio
inicial sobre ele ser uma ficção, foram arrastadas pelo pânico, o
que se espalhou rapidamente por todo o país. O drama atingiu de tal
forma o público naqueles dias tensos e ansiosos que antecederam a
Segunda Guerra Mundial, que milhões de ouvintes entraram em pânico.
A precipitação da imprensa foi enorme, com 12.500 artigos de
jornais aparecendo sobre este episódio durante o mês
seguinte.
Durante
décadas desde então, o medo do pânico público diante de uma
potencial aterrissagem alienígena em massa ajudou a manter os
governos silenciosos sobre os incidentes de Objetos Voadores Não
Identificados. Havia também o medo persistente nas mentes de
políticos que, se os extraterrestres pousassem e emitissem palavras
de sabedoria, as pessoas poderiam começar a seguir os ETs em vez
dos políticos. Este medo foi amplamente ofuscado pelo fato de que,
hoje, bem poucas pessoas ouvem os políticos de qualquer maneira!
No
jornal do Vaticano, o Ver. José Gabriel Funes, diretor do
Observatório do Vaticano, foi citado enquanto falava sobre a
vastidão do universo e que é possível que pudesse haver outras
formas de vida fora da Terra, até mesmo, inteligentes. Assim, ele
disse, acreditar que o Universo possa conter vida alienígena
não contradiz uma fé em Deus.
“Como
podemos descartar que a vida possa ter se desenvolvido em outros
lugares?” Funes disse: “Assim como consideramos as criaturas
terrestres como irmãos e irmãs, por que não deveríamos falar
sobre um “irmão extraterrestre”? Ele ainda seria parte da
Criação.”
Na
entrevista para o artigo do jornal, Funes disse que tal noção “não
contradiz a nossa fé”, porque os alienígenas seriam como
“colocar limites” na liberdade criativa de Deus.
Funes
disse que a ciência, especialmente a astronomia, não contradiz a
religião, tocando em um tema do Papa Bento XVI, que fez da
exploração da fé e razão, um aspecto fundamental do seu papado.
O Observatório do Vaticano fez grandes esforços para unir a lacuna
entre religião e ciência. Ele foi fundado em 1891 e está sediado
em Castel Gandolfo, a residência de verão do Papa, uma cidade à
beira do lago, nas colinas de Albano. O Observatório do Vaticano
também tem uma equipe que realiza pesquisas no Observatório da
Universidade de Arizona, em Tucson.
Funes
chegou a dizer que a Bíblia “não é um livro de ciência”,
acrescentando que ele acredita que a teoria do Big Bang é a
explicação mais “razoável” para a criação do universo. A
teoria diz que o universo começou há bilhões de anos na explosão
de um único ponto, super denso, que continha toda a matéria. Mas,
ele disse que tal início do universo teria sido obra de Deus, pois
“Deus é o criador do universo e não somos o resultado do
acaso.”
Funes
pediu à igreja é à comunidade científica para deixarem para trás
as divisões causadas pela perseguição de Galileu, há 400 anos,
dizendo que o incidente “causou feridas”. Em 1633, o astrônomo
foi julgado como herege e forçado a se retratar de sua teoria de
que a Terra girava em torno do sol. O ensinamento da Igreja na época
colocava a Terra no centro do Universo. Galileu foi preso e, mais
tarde, libertado para passar os seus últimos anos sob prisão
domiciliar.
“A
Igreja, de alguma forma, reconheceu os seus erros”, ele disse.
“Talvez ela pudesse ter feito melhor, mas agora é o momento de
curar aquelas feridas e isto pode ser feito através do diálogo
calmo e da colaboração.” O Papa João Paulo declarou em 1992 que
a decisão contra Galileu foi um erro resultando da “incompreensão
trágica mútua.”
A
partir deste artigo de notícias recentes, parece que o Vaticano
está agora unindo a lacuna entre ciência e religião, em uma
tentativa de se tornar alinhado com a visão mais ampla da realidade
apresentada pelo moderno conhecimento científico. Aonde isto irá
levar é uma incógnita, mas uma consciência em evolução na
humanidade cria muito espaço para o potencial para a reforma
filosófica nas áreas tradicionais.
É
encorajador ver que, hoje, os tempos estão certamente mudando.
Autor:
Owen K. Waters
Fontes:
www.sementesdasestrelas.com.br
Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br
Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br
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